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Cosan adquire Açucareira Corona por R$ 398,6 milhões

SÃO PAULO _ A brasileira Cosan, maior produtora individual de açúcar e álcool do país, que no final de janeiro recebeu a visita inesperada dos sócios fundadores do Google (Sergey Brin e Larry Page), anunciou hoje que concluiu negociações para assumir 100% do controle da Açucareira Corona S.A., detentora das usinas Bonfim e Tamoio.

A transação envolve o pagamento de R$ 398,6 milhões, dos quais a maior parte virá da recente oferta pública de ações da Cosan, segundo o fato relevante divulgado pela própria companhia.

Ela captou US$ 300 milhões no final de janeiro por meio de bônus perpétuos no mercado internacional. Com essa operação, a companhia completou US$ 1 bilhão em captações nos últimos 14 meses.

Segundo informações da companhia no final de janeiro, os US$ 300 milhões seriam usados para eliminar a dívida de curto prazo e para fortalecer o caixa de forma a dar continuidade à estratégia de aquisições. No ano passado, a Cosan já havia comprado três empresas.

De acordo com o fato relevante, além das duas usinas, a Corona tem uma capacidade de moagem anual de 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, em aproximadamente 6 mil alqueires de terras.

O passivo financeiro assumido pela Cosan, avaliado em 31 de dezembro de 2005, é de R$ 507,4 milhões, dos quais R$ 266,5 milhões auto-liquidáveis pelos certificados do Tesouro Nacional e parte das terras já existentes nos ativos da Corona. Na mesma data de 31 de dezembro de 2005, a Corona dispunha de cerca de R$ 37,7 milhões em disponibilidades financeiras.

No exercício social encerrado em 30 de abril de 2005, a Corona apresentou receita líquida de R$ 345 milhões e geração de caixa (Ebitda, da sigla em inglês) de R$ 46 milhões.

Em conjunto com as demais 14 usinas do grupo, distribuídas no Estado de São Paulo, a Cosan passa a ter, com a aquisição, uma capacidade de moagem anual de aproximadamente 39 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.