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Coreanos estudam investir em Goiás

O primeiro passo para o aumento participativo de Goiás no bolo de investimentos da Coréia do Sul no Brasil foi dado ontem, em reunião entre o embaixador coreano, Jong-Wha Choe, e a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg). O país investe atualmente cerca de R$ 5 bilhões no Brasil e está previsto o aumento de mais R$ 1 bilhão. A fatia goiana foi de apenas R$ 35 milhões com o país que é a décima economia mundial. Os possíveis investimentos coreanos no Estado serão na área siderúrgica de eletrônicos, alimentos e matérias-primas.

O principal objetivo do embaixador no Estado é uma reunião com empresários da educação para troca de informações na área do conhecimento e tecnologia. Aproveitando a visita, a Acieg organizou o encontro para apresentar Goiás e suas potencialidades comerciais aos coreanos.

Hyundai – A única ligação bilateral que o Estado tem com a Coréia do Sul é a empresa Hyundai Motors do Brasil, no Distrito Agro-Industrial de Anápolis (DAIA). Só este ano, o mercado goiano exportou quase R$ 4 milhões para os coreanos. Cerca de um quarto de todas as exportações do ano passado, quando foram comercializados cerca de R$ 17 milhões. Os mais vendidos foram derivados da soja, de couro e produtos agrícolas como algodão e carne bovina.

Nos seis primeiros meses deste ano, as importações goianas provenientes da Coréia foram quase o dobro do todo o ano passado. De janeiro a julho de 2006, Goiás importou quase R$ 29 milhões contra R$ 17 milhões em 2005. Os itens mais importados foram produtos automotivos.

A instalação da Hyundai em Goiás foi um marco para o estreitamento deste mercado. “A comitiva visita Goiás pela primeira vez, por isso pretendemos dar ênfase na importância do crescimento das relações econômicas entre os dois mercados”, comenta o presidente da Acieg, Pedro Bittar. Jong-Wha Choe comenta que o interessante não é o tamanho dos negócios fechados entre os dois mercados e sim a evolução do crescimento. Ele não sabe ao certo a relação econômica que os dois mercados poderão ter, mas afirma que os investimentos devem ser em siderúrgica, eletrônica e em alimentação e processamento de alimentos.

Em contrapartida, Goiás irá oferecer recursos naturais e matérias-primas como soja, cana-de-açúcar, ferro e minério. Jong-Wha Choe afirma que pretende fazer mais visitas ao Estado, até mesmo pela proximidade de Brasília. O embaixador afirmou que um dos objetivos da visita é apresentar a Coréia do Sul às universidades. “Iremos apresentar o modelo de desenvolvimento econômico do nosso País”, comenta. Ele se reúne hoje, às 10 horas, com alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG) para uma palestra, no Campus II.

Na reunião de ontem foi apresentado um vídeo que ressalta as potencialidades goianas e o valor econômico que o Estado pode proporcionar aos novos mercados. A comitiva parte hoje, mas o presidente da Acieg pretende marcar outras visitas para apresentar pólos produtivos goianos, como os de Rio Verde, Anápolis e Catalão.