Mercado

Contratos futuros de álcool sobem na BM&F

Os volumes de contratos futuros agropecuários negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F) subiram 2% entre janeiro e agosto deste ano, para 509,4 mil lotes, em relação aos 501,417 mil movimentados no mesmo período do ano passado. O álcool foi um dos destaques, com crescimento de 8% no período.

Nos primeiros oito meses do ano, os volumes de contratos de álcool negociados na bolsa totalizaram 49.706 unidades, sobre os 46,085 mil lotes do mesmo período do ano passado.

Os lotes de açúcar registraram um recuo de 23% no período, caindo para 39,665 mil contratos, de 59,190 mil negociados entre janeiro e agosto do mesmo período de 2001.

Entre os lotes mais negociados na bolsa, o café lidera as transações. No período, os contratos do grão foram de 278,744 mil unidades. Em seguida, estão os de boi gordo, com 112,965 mil unidades até agosto. Os contratos de açúcar ficam em terceiro lugar, com 39,665 mil lotes, seguido pelos de álcool, negociados desde 2000 na BM&F, na frente dos de milho.

Segundo analistas, o avanço dos contratos de álcool, negociados desde 2000, é atribuído à necessidade de os usineiros fazerem hedge (proteção). Até o início de 2000, as usinas de açúcar e álcool tinham apenas mecanismos de proteção de preços para o açúcar. Ou seja, do total de cana moída, os usineiros podiam fazer proteção de preço de pelo menos metade do seu mix de produção. Com os contratos de álcool negociados na BM&F, as usinas aumentaram sua participação. O avanço das exportações de açúcar e álcool e as oscilações de preços destes dois produtos no mercado interno atraem especuladores, que estão atrás de volatilidade.

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