A demanda nacional por álcool hidratado vai triplicar até 2012, segundo o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho. Sairá dos atuais 7,5 bilhões de litros para 23 bilhões de litros. A estimativa sustenta os planos do setor sucroalcooleiro nacional de priorizar o mercado interno no curto prazo. “Esse será nosso foco nos próximos seis anos”, reforça Carvalho.
“Se expandíssimos a área alucinadamente, atingiríamos 20% do consumo atual da gasolina no Brasil, que é de 1,4 trilhão de litros. No entanto, acreditamos que iremos atingir 12% desse total em seis anos”.
Assim, a estimativa é de que em 2012 o consumo de combustível na frota brasileira seja 60% atendido por álcool e 40% por gasolina, proporção que atualmente é inversa.
Em apresentação ontem na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), em São Paulo, Carvalho não minimizou o potencial do mercado externo de etanol. No entanto, disse estar realista sobre condições da produção brasileira de atingir numericamente esse mercado no curto prazo, assim como as questões protecionistas envolvidas. “Hoje as exportações de etanol representam 20% da produção do setor. Mas, são janelas abertas, mercados sem continuidade. Sabemos do potencial das exportações mundiais, no entanto, esses mercados não estão acessíveis. O nosso negócio é o interno”.