A concorrência acirrada entre os mais de 50 postos de combustíveis de Araçatuba puxou o preço da gasolina para baixo. A guerra comercial, iniciada há cerca de 10 dias, provocou uma redução de até 9,5% no preço do produto na cidade. O litro da gasolina era vendido entre R$ 1,98 e R$ 2,09 no início de novembro, quando o governo autorizou os aumentos dos derivados de petróleo. Hoje, o litro é comercializado a R$ 1,89, em média, em boa parte dos postos de Araçatuba. O preço praticado na cidade, de R$ 1,89, é 5% menor do que a média estadual, calculada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), que é de R$ 1,99. Entretanto, o valor praticado no mercado local ainda está acima do preço que era cobrado antes do aumento do início do mês, quando o litro da gasolina custava entre R$ 1,79 e R$ 1,83.
A queda do preço da gasolina começou quando um revendedor da cidade reduziu o valor cobrado pelo litro do produto. Para não perder mercado, os demais revendedores também baixaram o preço. “Se a gente não baixa o preço também, acaba perdendo metade das vendas”, afirma o proprietário do Posto Brasília, Edson Ferreira Batista.
Além da guerra comercial entre os donos de postos pela conquista de clientes, a queda no consumo também contribuiu para a redução de preços. Segundo o presidente do Sincopetro (Sindicato dos Revendedores de Derivados de Petróleo de Araçatuba e Região), Ulisses Laluce Júnior, houve uma queda média de 15% no consumo de gasolina, desde os aumentos praticados no início de novembro.
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Os revendedores preferem chamar a redução de preços de promoção e acreditam que, em breve, os preços devem subir de novo, porque, segundo Laluce Júnior, alguns comerciantes do setor estão trabalhando no vermelho para bancar a queda no preço ao consumidor.
De acordo com revendedores, para não trabalhar no vermelho, os preços da gasolina deveriam oscilar entre R$ 1,99 e R$ 2,09, ou seja, teriam que voltar aos patamares do início do mês. Apesar de a maioria ter reduzido os preços, em alguns postos, como é o caso do Posto Ibirapuera, a gasolina ainda é vendida a R$ 1,99.
“A concorrência é predatória, porque os revendedores abrem mão da margem de lucro para não perder mercado”, afirmou Ferreira Batista.
A briga por mercado também provocou alteração nos preços do álcool. O preço do litro do produto custava entre R$ 1,19 e R$ 1,29, mas hoje os valores oscilam entre R$ 0,99 e R$ 1,19.(Folha da Região)
