Mercado

Concentração será a estratégia das usinas de açúcar e álcool do Brasil

Maior produtor e exportador mundial de açúcar, o setor sucroalcooleiro do Brasil passa por uma verdadeira reestruturação. “Com os custos de produção mais baixos do mundo, os grupos estrangeiros se voltam para o Brasil”, diz Pedro Mizutani, diretor da Cosan, uma das maiores companhias sucroalcooleiras do mundo.

Terceira maior em produção de açúcar, a própria Cosan reestruturou a companhia, que desde 1998 agrega novas usinas. Hoje são 12 unidades em todo país, com moagem de 26 milhões de toneladas de cana, representando quase 10% da produção nacional.

Mizutani lembra que os cinco principais grupos de açúcar no mundo juntos ofertam 10% da produção mundial. “No Brasil, o mercado ainda está pulverizado, mas a estratégia é de concentração”, diz.

No Brasil, os dez maiores grupos de comercialização de açúcar do Centro-Sul respondem por aproximadamente 50% do açúcar produzido no Brasil. A profissionalização e as aquisições estão dando cara nova ao setor sucroalcooleiro. A consolidação é necessária, acredita ele, porque dá maior poder de negociação às empresas, além de proporcionar menor custo do capital e otimizar as estruturas das companhias. Ele cita a Cosan como exemplo. Em 1998, o grupo tinha 4 usinas. Em 2003, são 12, por enquanto.

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