Mercado

Competitivo, país ainda padece com "descoordenação interna"

Produção de mais de 98 milhões de toneladas de grãos em 2001, produção de cerca de 15 milhões de toneladas de carne por ano e uma área agricultável de mais de 210 milhões de hectares só na região dos cerrados. Esses são alguns dos números que dão a dimensão do grau de competitividade do agronegócio brasileiro.Um exemplo das vantagens da agricultura brasileira pode ser visto no caso da soja. De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), enquanto os sojicultores locais gastam US$ 11,30 para produzir uma saca de soja de 60 kg, os produtores do Mato Grosso, Estado líder na produção do grão no país, investem US$ 8,60. A taxa de produtividade das lavouras brasileiras impressiona. Em 2001, a produção de Mato Grosso chegou a 51 sacas por hectare, contra apenas 44 nos EUA. O caso do algodão também ilustra o dinamismo da agricultura brasileira. Segundo dados da empresa de consultoria agrícola Carlos Corgo, a média mundial da produtividade do produto é de 601 kg de pluma por hectare. A média alcançada no Mato Grosso é de 1.059 kg por hectare. No entanto, por conta da forte política de subsídios aplicada pelos EUA, sobretudo com a “farm bill”, o Brasil, que chegou a atingir a auto-suficiência na cotonicultura em 2001, vai ter que importar 200 mil toneladas, já que a queda dos preços do produto no mercado internacional desestimulou a produção interna. (Folha de SP)

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