A uma semana do fechamento do mês, a balança comercial de março já está superavitária em US$ 3,016 bilhões, o melhor resultado do ano. Até o último domingo, as exportações somaram US$ 9,901 bilhões e as importações, US$ 6,075 bilhões. Com isso, há um saldo positivo acumulado em 2006 de US$ 8,682 bilhões, contra US$ 7,985 bilhões no mesmo período de 2005. Mas as compras externas crescem mais rapidamente do que as vendas.
Somente na quarta semana de março, a média diária exportada, de US$ 512 milhões, foi a mais alta do ano, com um acréscimo de 20,1% em relação ao mesmo mês de 2005. A média importada, de US$ 339,8 milhões, foi 25,7% superior à de março do ano passado, o que confirma a expectativa, do governo e do setor privado, de altas cada vez mais significativas nas importações brasileiras. O saldo semanal foi de US$ 864 milhões.
— Em março o comércio exterior fica mais vigoroso — disse o economista Guilherme Loureiro, da consultoria Tendências, para quem o superávit pode chegar a US$ 3,8 bilhões.
Os principais destaques nas vendas externas foram os produtos básicos, cujos embarques subiram 37,9%, principalmente dos itens petróleo, minério de ferro, soja em grão, algodão em bruto, carne bovina, minério de alumínio e farelo de soja. As exportações de manufaturados aumentaram 14,6%, com destaque para gasolina, óleos combustíveis, veículos de carga, laminados planos de ferro ou aço, aviões, máquinas e aparelhos de terraplanagem, açúcar refinado e automóveis.
Nas importações, as maiores altas ocorreram com equipamentos elétricos e eletrônicos, que aumentaram 62,7%, siderúrgicos (48,5%), combustíveis e lubrificantes (43,7%), borracha e obras (26,7%), adubos e fertilizantes (20,2%) e automóveis e partes (19%).