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Comercialização de vacinas anti-rábicas para bovinos em 2004 é 70% superior a 2003

A modernização no programa nacional de controle da raiva dos herbívoros, iniciado em 2003, já registra resultados positivos, indicados principalmente pelo aumento da comercialização de vacinas anti-rábicas pela indústria veterinária.

De acordo com os dados da Central de Selagem de Vacinas (CSV), em Vinhedo/SP, órgão constituído por parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), no primeiro semestre de 2004 já foram comercializadas 54 milhões de doses de vacinas anti-rábicas, volume 70% superior ao verificado no mesmo período do ano passado, de 32 milhões de doses. A comercialização em 2004 também é superior à demanda estabelecida pelo Programa Oficial de Vacinação do MAPA para o período, também de 32 milhões de doses.

Minas Gerais é o estado que mais consumiu a vacina em 2004, com (13,4 milhões de doses), seguido por Goiás (12,7 milhões/doses), Mato Grosso do Sul (5,3 milhões/doses), São Paulo (4,5 milhões/doses) e Bahia (3,9 milhões/doses).

De acordo com Emílio Salani, presidente do Sindan, esse expressivo avanço do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros resulta do trabalho de parceria entre governo, indústria e produtores, intensificado pelo aumento dos recursos financeiros oficiais destinados à defesa sanitária animal.

“O maior orçamento da defesa sanitária animal em conjunto com a conscientização cada vez maior dos pecuaristas está possibilitando incremento e modernização quantitativa e qualitativa dos programas de sanidade animal, como o da raiva dos herbívoros, e contribuindo para que o País chegue mais perto do controle dessa doença”, explica Salani.

O combate à raiva dos herbívoros – bovinos, principalmente – vem recebendo atenção especial do MAPA desde 2003 quando as vacinas anti-rábicas passaram a integrar o programa oficial de selagem, que objetiva ampliar o controle de origem e qualidade das vacinas veterinárias. Além disso, o MAPA passou a utilizar o teste de potência NIH (National Institutes of Health), preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a avaliação da potência vacinal contra a Raiva.