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Comercialização de etanol terá novas regras

A diretoria da Agência Nacional de Petróleo (ANP) aprovou ontem novas regras para a comercialização do etanol. A principal é a criação de duas figuras: as empresas responsáveis pela comercialização do etanol e o agente operador de bolsas de mercadorias e futuros.

A proposta havia sido encaminhada pela indústria canavieira, em busca de liquidez e também para evitar as variações bruscas no preço do combustível. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar, afirmou ontem em nota que o principal ganho com as novas regras é a possibilidade do aumento da concorrência entre a produção e a distribuição.

Outro benefício, diz a entidade, é o estímulo à formação de estoques, o que deverá ampliar a confiabilidade e a disponibilidade do produto especialmente durante a entressafra. “Com as empresas de comercialização, o produtor não vai ficar mais restrito às distribuidoras”, diz nota da entidade.

Já sobre a criação da figura do agente operador de bolsas de mercadorias e futuros, a associação diz que é uma tentativa de aumentar a liquidez dos contratos futuros negociados na BM&FBovespa e eventualmente em outras bolsas, particularmente por causa da possibilidade da entrega física do produto às distribuidoras. “Além de um importante passo no sentido de consolidar o etanol como commodity, trata-se de ferramenta essencial para reduzir riscos para investidores. A medida contribui para que a comercialização do etanol deixe de ocorrer apenas no chamado mercado “spot””, disse a Única.

A Petrobrás anunciou a compra de 40,4% das ações da mineira Total Agroindústria Canavieira, por R$ 150 milhões. A aquisição foi feita pela subsidiária integral, Petrobrás Biocombustível. A parceria viabilizará a ampliação da capacidade de 100 mil m³/ano para 203 mil m³/ano, com um excedente de energia a de 38,5 MW, gerada pelo aproveitamento do bagaço.