A comercialização de açúcar continua lenta, nos últimos dias, no mercado interno. A boa oferta do produto no mercado e as compras da “mão para boa” por parte das indústrias dão o tom das negociações do produto, segundo analistas.
Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de 50 quilos encerrou na sexta-feira a R$ 29,08, no mercado paulista. Os preços se mantêm estáveis na comparação com o final, registrando um ligeiro recuo de 2,7%. Em relação ao ano passado, a valorização dos preços atinge 61,4%.
A paridade de preços entre o açúcar negociado no mercado interno e externo dá vantagens às exportações. As exportações de açúcar estão remunerando 10% mais que no mercado interno.
No mercado internacional, os preços registraram queda nos últimos dias, pressionados pelas rolagens de posição por parte dos fundos de investimentos.
A expectativa é de que a safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul comece em março, mas voltada para a produção de álcool. No Paraná, o processamento de cana será feito por 8 das 27 usinas do Estado a partir de março, de acordo com a Unica (União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo). No Estado de São Paulo, pelo menos três usinas devem iniciar a produção de açúcar e álcool. No Centro-Oeste poucas usinas começam em março.
A expectativa é de que os volumes moídos sejam superiores a 13,5 milhões de toneladas, de acordo com a Unica. A colheita no Centro-Sul está estimada em 358 milhões de toneladas, de acordo com as estimativas preliminares feitas pela consultoria Datagro. Se confirmadas, será um crescimento de 9,3% sobre a safra 2003/04.