De janeiro a setembro deste ano, os preços do etanol, gasolina e gás de cozinha comercializados em Natal já tiveram altas acumuladas acima da inflação oficial. Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve aceleração de 3,14% no período, os combustíveis citados subiram, respectivamente 5,16%, 4,33% e 4,38%. Os números são da pesquisa mensal de combustíveis do Procon Natal.
Nos nove primeiros meses do ano, também tiveram altas menos expressivas, o diesel (1,47%) e o gás natural veicular (0,04%). Este último, porém, acumula a maior alta dos últimos doze meses entre os combustíveis pesquisados: 31,24%, muito acima do INPC de 4,49%. De setembro do ano passado para cá, também subiram o etanol (13,05%) e a gasolina (10,4%). O diesel subiu apenas 2,08%.
Nos últimos trinta dias, os combustíveis permaneceram com preços praticamente estáveis nos postos de Natal, com exceção do GNV (gás natural veicular), que registrou reajuste médio de 3,29%.
Ligeiras variações positivas foram constatadas no etanol (0,16%), no diesel (0,15%) e no gás de cozinha (0,05%). Na gasolina comum a variação foi zero e na gasolina aditivada houve leve recuo de 0,10%. A pesquisa foi feita na segunda e terça-feira passadas junto a 128 postos de combustíveis de Natal e de Nova Parnamirim
Gasolina
O litro da gasolina comum está custando em média R$ 2,675, preço que vem se mantendo nos últimos sete meses (desde março deste ano). 98,4% dos postos mantiveram os mesmos preços de agosto, enquanto um posto promoveu redução e um posto reajustou o preço.
A diferença entre o maior e o menor preço da gasolina continua pequena (1,9%, equivalendo a cinco centavos por litro). O menor preço constatado pela pesquisa foi R$ 2,649 (01 posto) e o maior, R$ 2,699 (02 postos). Os preços mais comuns são R$ 2,690, praticado por 59 postos (47,2%) e R$ 2,660 (52 postos ou 41,6%). Ou seja, 88,8% dos postos pesquisados praticam apenas dois preços (R$ 2,660 e R$ 2,690) para a gasolina.
Etanol
O etanol custa R$ 1,959, contra R$ 1,956 vigente em agosto de 2010 (preços médios), ou seja, a variação ficou abaixo de meio centavo (R$ 0,003). Após atingir o ‘pico’ em fevereiro de 2010, quando o valor médio chegou a R$ 2,204, o preço tem caído nos últimos sete meses, mantendo-se estável. Hoje o preço do etanol corresponde a 73,24% do valor da gasolina, o que significa que, no momento, não é vantagem para o consumidor que possui veículo flex, abastecê-lo com etanol; para ser vantajoso para o consumidor, o preço do etanol deve ser, no máximo, 70% do valor da gasolina.
Comparando os preços atuais com os da última pesquisa do Procon Natal (agosto/2010), constata-se que 81,6% dos postos mantiveram os mesmos valores do mês passado, enquanto 6,4% reduziram os preços e 12% promoveram reajustes. A diferença entre o maior (R$ 1,999) e o menor preço (R$ 1,840) é de 8,6%, e o pre ço mais comum é R$ 1,990 (58 postos, ou 45,8% dos postos pesquisados).
O GNV foi o combustível que apresentou maior índice de variação: 3,29%, subindo de R$ 1,732/m3 para R$ 1,789, sendo R$ 1,790 o preço mais comum, praticado por 39 postos (90,7%); apenas quatro (04) postos comercializam o GNV com preços diferentes de R$ 1,790/m3: três abaixo desse valor e um acima.