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Combustível: projetos para biodiesel

Os grupos norte-americanos Biodiesel Brazil e Gold Star Financial querem financiar projetos para montar usinas de biodiesel em Goiás e outros Estados, tendo como matéria-prima o pinhão manso. A cultura é considerada hoje uma das mais promissoras plantas oleaginosas em todas as regiões do Brasil para produção de combustível biodiesel. Na próxima quinta-feira, 15, os representantes das empresas estrangeiras vão se reuinir em Miami (EUA) para analisar a documentação das entidades brasileiras interessadas em montar o negócio. Cerca de quatro usinas serão instaladas no País e a expectativa é de que dois mil empregos sejam gerados.

O representante da Biodiesel Brazil, o advogado Márcio Messias Cunha, participará da reunião. Segundo ele, nesse primeiro momento o encontro servirá para analisar a documentação das empresas brasileiras interessadas em montar o empreendimento. Elas são dos Estados de Goiás, São Paulo e Tocantins.

Conforme o representante, as propostas serão analisadas para que posteriormente seja montada a infra-estrutura da usina. “O investimento é de US$ 200 milhões por usina. A intenção é que 70% do pinhão manso seja destinado à exportação e 30% para o mercado interno. O empresário receberá ajuda para montar o negócio e poderá pagar com parte da produção”, diz.

Segundo o advogado, o custo com a cultura é 50% inferior ao gasto com produção de biodiesel a partir da soja e 30% em relação à cana-de-açúcar. Márcio adiantou que em Porangatu (395 km de Goiânia), já existem plantações de pinhão manso.

Os produtores interessados vão poder contar com financiamentos, que incluem a compra de maquinário. “As empresas se comprometem a pagar com parte da produção. É uma forma de trazer investimentos e financiar parceiros”, diz o representante. A previsão é de que as fases agroindustrial das esmagadoras e da usina de biodiesel comecem a ser implantadas a partir do segundo semestre de 2007.