O governo da Colômbia vai devolver até 40% dos investimentos em infraestrutura para pecuária feitos por investidores estrangeiros no país. O programa colombiano de abertura a investimentos em diferentes setores da agroindústria teve ontem mais uma etapa com a visita ao Brasil do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia, Andrés Fernández, em encontro com empresários brasileiros.
Além de incentivos fiscais, Fernández disse que o governo colombiano está empenhado em garantir a segurança jurídica para o investidor em agroindústria no país. Segundo Fernández, 700 milhões de hectares foram recuperados militarmente e já estão produzindo. “A política agropecuária tem que ser uma política de Estado”, disse.
A Colômbia dispõe de 17 milhões de hectares com potencial para produzir matérias-primas para indústria de alimentos, papel e celulose e para a produção de biocombustíveis. Além disso, 1! 5,2 milhões de hectares em área de reflorestamento têm disponibilidade imediata para atender a produção agrícola.
Segundo Fernández, o país pretende reduzir a área destinada a pastagens – atualmente 42 milhões de hectares para 26 milhões de cabeças de gado -, sem prejudicar a produção pecuária por meio de melhorias genéticas apoiadas por tecnologia brasileira e também otimizando o confinamento dos animais. Na pecuária, segundo o ministro, uma das demandas do país é por indústrias de processamento de leite. Segundo ele, dos 18 milhões de litros produzidos diariamente, apenas 9 milhões são processados. O leite que não é processado é destinado à produção de queijos e iogurtes ou é consumido sem passar por processos industriais.
Café
A safra colombiana de café deste ano deve atingir 11,5 milhões de sacas em outubro. O país, um dos maiores produtores de café do mundo, passa por um processo de renovação dos cafezais.Segundo Fernéndez, na próxima safra, 300 mil hectares, dos 836 mil plantados com o grão, passarão pelo processo de renovação. Durante esse processo, o Estado paga um excedente do preço de mercado aos produtores pela produção de milho e feijão nos cafezais. Atualmente, 500 mil famílias trabalham com o cultivo de café na Colômbia.
De acordo com Fernández, o Estado também estimula programas de fertilização da terra por meio de um subsídio aos fundos para a agricultura do país, que disponibilizam US$ 160 milhões em crédito para os agricultores, dos quais US$ 10 milhões vêm do governo.