Embaixador Tony Jozame Amar: estabilidade e desarmamento
Grandes empresas brasileiras de setores diversificados como geração de energia, construção civil, mineração e automotivas participaram com interesse da apresentação “Colômbia, a transformação de um país”, que apontou oportunidades de negócios para o Brasil no país vizinho. A apresentação realizada pela República da Colômbia no Brasil, na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) tem a intenção de fomentar o comércio bilateral entre os países, bem além dos US$ 3,2 bilhões registrados no ano passado, o que representa apenas 1% do total das exportações nacionais.
O cônsul comercial da Colômbia e diretor da Proexport no Brasil, Carlos Eduardo Rodríguez Tribin, aponta que as exportações brasileiras têm grande espaço para crescer, especialmente em setores como têxtil, de tecnologia e metalurgia . Já a Colômbia quer de imediato vender melhor o seu turismo para o Brasil. “Já a partir deste ano, queremos aumentar o número de brasileiros na Colômbia em 30%.” Segundo apresentação do embaixador na Colômbia no Brasil, Tony Jozame Amar, o país oferece estabilidade e boa oportunidade para os negócios, o que pode ampliar a balança comercial. Um indicador da estabilidade é o desarmamento da população.
Outro trunfo da Colômbia para atrair o investimento estrangeiro está nos acordos de livre comércio. “A grande vantagem é que produzindo na Colômbia as empresas podem exportar para estas áreas sem tarifas”, explica Marta Lassance, presidente do Conselho de Relações Internacionais da Fiemg. Segundo ela, o fato de a Colômbia ter interesse em reduzir o peso das matérias-primas em seu Produto Interno Bruto (PIB) cria boas oportunidades para investidores. Uma das possibilidades em aberto são áreas planas agricultáveis, onde o país já manifestou interesse no cultivo da cana-de-açúcar pa ra fabricação do etanol.
No último ano, 50% das importações brasileiras provenientes da Colômbia foram equivalentes a petróleo e derivados, enquanto em Minas o índice atingiu 66%. As exportações do estado também estão concentrada nos produtos metalúrgicos, que respondem por mais de 60% da pauta.