A oferta de eletricidade cogerada pela biomassa tende a crescer com o início da safra da cana-de-açúcar, nesta primeira quinzena de abril na região Centro-Sul do país. Estima-se que pelo menos 200 das instaladas 400 usinas e destilarias do país cogerem excedentes para vender ao mercado.
Confira quanto custa o MWh pelo valor teto
Mas a queda no consumo de energia elétrica, como registrado em fevereiro último, acende uma luz amarela também no setor de comercialização de eletricidade cogerada por biomassa. Será que os excedentes energéticos que saem das usinas terão preços remuneradores nos próximos meses?
Difícil responder à pergunta. Os dados disponíveis de consumo são negativos. Segundo a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), do Ministério das Minas e Energia, o consumo de eletricidade no país registrou 40.489 GWh, queda de 2,2% ante fevereiro de 2014.
Conforme relatório do órgão, foram registradas retrações no consumo em todas as classes.
Diante a situação, a EPE refez suas previsões de consumo de energia para 2015. Antes, tinha previsto crescimento de 3% no consumo nacional, com forte dinâmica do consumo na baixa tensão e recuo do consumo industrial. Agora, reduziu essa previsão em 0,5%.
Diante a menor necessidade de oferta de eletricidade, gestores de térmicas movidas a biomassa já discutem se será viável ampliar a oferta cogerada.
Na mais recente medição de oferta de eletricidade da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com dados entre 1 e 23 de março, a oferta de energia a biomassa (que inclui bagaço e palha) já tinha registrado queda de 3,3% ante o mesmo período de 2014.