O relator da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Tião Viana (PT-AC), sinalizou ontem (6/7), em Brasília, aos representantes do setor sucroenergético, que as áreas tradicionais de cultivo merecem tratamento diferenciado no Código Florestal.
E foi em defesa das áreas seculares utilizadas para o cultivo da cana de açúcar, como é no caso de Pernambuco e outros estados nordestinos, que podem deixar de existir caso as mudanças no novo Código Florestal, que a Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco e representantes do setor se reuniram com o lider do PT.
O senador solicitou portanto, um documento do setor demonstrando as características seculares da cana, bem como os benefícios socioeconômicos da cultura para o estado, além do cumprimento das exigências ambientais. “O parlamentar discorda da generalização da consolidação de todas as áreas no Brasil, mas entende que a cultura da cana no Nordeste é produzida há séculos, e dessa forma, não se pode simplesmente proibir sem respeitar à temporalidade da cultura na região”, diz o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP).
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O Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco e o Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool do Estado e o presidente da Organização dos Plantadores de Cana de São Paulo, Manoel Ortolan, também prestigiaram a reunião, apoiando o pleito do setor.
O encontro foi articulado pelo senador pernambucano Humberto Costa (PT). O setor também se prepara para articular uma reunião com senador Luiz Henrique da Siqueira (PMDB-SC), relator do Código Florestal na Comissão de Agricultura do Senado.
