A cobrança pelo uso da água do rio Paraíba do Sul, que serve os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, deverá ter início no próximo mês. A informação é de Pedro Carlos Pocciotti, gerente da Superintendência de Cobrança da Agência Nacional das Águas (ANA).
Com o início do pagamento, o reuso de água passa a ser uma ferramenta fundamental na gestão da produção industrial, com redução de custos. As indústrias deverão pagar R$0,02 por metro cúbico de água captada e descartada suja, ou R$0,008 por metro cúbico de efluente tratado. O sistema de cobrança vai beneficiar quem poluir menos.
Já existem hoje no mercado sistemas de tratamento que reaproveitam 70% da água utilizada, proporcionando uma economia de 70% do valor cobrado pelo uso e descarte do efluente.
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De acordo com José Eduardo Rocha, gerente geral da Fluid Brasil, uma das maiores empresas privadas de tratamento de água e efluentes industriais, “lentamente, as nossas indústrias despertam para a necessidade e, em breve, para a obrigatoriedade de tratar seus efluentes. Para se ter uma idéia da gravidade da questão, o tratamento de um efluente pode necessitar de vários processos unitários, como controle de pH, neutralização de cargas ácidas ou alcalinas, remoção de sólidos suspensos, sais iônicos, óleos, gorduras e metais pesados, oxigenação (em casos em que há grande quantidade de lama)”.
Segundo Rocha, em rápido cálculo, uma indústria de médio porte, que consuma 300 m³/h, deverá ser taxada em R$ 51.840,00 ao ano. “Adotando o sistema de reuso automaticamente a indústria economizará 70% do valor cobrado pelo uso e descarte do efluente”, diz Rocha.
