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CNI vai enviar sugestões para novo modelo do setor elétrico

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) confirmou ontem que enviará sugestões sobre o novo modelo do setor elétrico para o Congresso Nacional, que começa na próxima semana a convocação extraordinária. O novo modelo do setor elétrico foi anunciado através de medias provisórias, e os empresários já têm críticas, como o excesso de poderes do governo na regulamentação do setor. O governo quer votar as medidas provisórias do novo modelo elétrico na convocação extraordinária do Congresso Nacional.

“Esse novo modelo é estatizador e não incentiva os investimentos da iniciativa privada”, afirma Jairo Balbo, um dos diretores do Grupo Balbo (usinas Santo Antonio e São Francisco), na região de Ribeirão Preto (SP), onde há mais de dez anos foi instalado, em parceria com o governo, o projeto piloto para cogeração de energia a partir da queima do bagaço de cana. O próprio Grupo Balbo está retardando um investimento de R$ 35 milhões para ampliação de 6 para 16 MW na capacidade de cogeracão em virtude de falta de segurança no mercado, regulado agora excessivamente pelo governo, como alega a CNI.

O novo modelo do setor elétrico, para o presidente do conselho temático de infra-estrutura da CNI, José de Freitas Mascarenhas, “vai contra o que está sendo feito no mundo, que reduz a regulamentação e deixa o mercado livre. O que a proposta do governo tem de positivo é a retomada do planejamento e do monitoramento do setor, que se tivesse existido no passado evitaria o racionamento de 2001″. A afirmação foi feita por intermédio de nota distribuída à imprensa pela CNI.