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CMN aprova medidas que beneficiam agricultores

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na noite de ontem, conforme antecipou a Investnews, uma série de medidas que beneficiam o setor agrícola. Foram prorrogadas dívidas referentes para empréstimos para custeio em um total de R$ 520 milhões, que venceriam neste ano.

Agora, os produtores terão um ano, após o vencimento da última parcela, para quitar a dívida. Para as culturas de algodão, milho, arroz, trigo e sorjo, o adiamento da dívida é imediato. “São produtos que tiveram problemas de comercialização e preço. Para os demais produtos, o adiamento será analisado caso a caso”, explicou o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Fazenda, Ivan Wedekin.

O governo adiou também o pagamento de empréstimos para investimento, que foram tomados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os empréstimos somam R$ 7,2 bilhões referentes a cinco linhas de financiamento. As culturas de café, cana-de-açúcar, fumo e outras que não foram atingidas por problemas climáticos, não poderão ser beneficiadas pelo adiamento das dívidas de investimento.

O CMN aprovou ainda a liberação de R$ 5,7 bilhões de crédito bancário para a comercialização da safra. “O governo quer apoiar a estocagem dos produtos de modo que o produtor não tenha que vender agora que os preços estão baixos”, afirmou Wedekin.

O limite de crédito para a comercialização também foi aumentado. Para o algodão passou de R$ 500 mil para R$ 1 milhão e para o milho, de R$ 400 mil para R$ 800 mil. Arroz, sorjo e trigo passaram de R$ 200 mil para R$ 600 mil. Para a soja, nas regiões centro-oeste e norte, na Bahia, no sul do Maranhão e do Piauí a elevação foi de R$ 200 mil para R$ 800 mil. No restante do país, o limite passou de R$ 150 mil para R$ 600 mil.