A estimativa é mais de 10 milhões de toneladas menor do que a previsão inicial de todo o setor, que é de processar 595 milhões de toneladas nesta temporada. Apesar de ainda não ter divulgado revisão de seu prognóstico de safra, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) reconheceu que o clima seco em junho pode prejudicar a produção de açúcar, segundo disse à Bloomberg o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues.
Desenvolvimento – Lucas Toledo Burin, analista da FG/Agro, explica que o clima seco deve prejudicar o desenvolvimento da cana resultante do rebrote de áreas que foram colhidas no ano passado. De acordo com Burin, essa redução de desempenho da cana deve ser da ordem de 20% e atingirá uma parcela de 30% da safra. “No final das contas, essa condição pode trazer queda de 6% em toda a safra do Centro-Sul”, resume Burin. Assim, diz ele, deve haver uma revisão dos números iniciais do setor e espaço para elevação nos preços do açúcar e do álcool. “Especificamente no caso do álcool, acreditamos que o mercado poderá chegar com oferta bastante restrita, como já ocorreu no ano passado”, afirma o analista.
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Produção – A previsão da FG/Agro é de uma produção de 33,6 milhões de toneladas de açúcar (ante as 34,09 milhões de toneladas da previsão inicial da Unica) e de 27 bilhões de litros de etanol (ante as 27,4 bilhões de litros da previsão da Unica).
