Mercado

Clima favorece expansão do canavial

Bons ventos sopram nos canaviais. A previsão, para a safra

2005/06, é animadora. O “clima” festivo é totalmente diferente da situação de medo e apreensão, que marcou a entressafra e o início da

moagem em 2004. As projeções positivas para a economia brasileira e,

especificamente, para o mercado de álcool e açúcar, estão contagiando o planejamento e gerenciamento da produção agrícola. Aexpansão da área de plantio de cana-de-açúcar é uma das principais conseqüências desse quadro promissor. Após um período de cautela,

usinas e destilarias se preparam para o aumento da moagem, apostando na ampliação de canaviais e elevação do rendimento agrícola. Além da aquisição – ou arrendamento – de terras, as unidades investem, com mais ousadia, na mecanização da colheita, na compra de plantadoras, na fertirrigação. Existe, também, uma tendência para melhorar ainda mais os cuidados com as plantações.

No ritmo do crescimento do setor sucroalcooleiro, a Usina Cerradinho, de Catanduva, SP, programou, para 2005, o plantio de 6,5 hectares de cana própria e de 2,5 hectares de cana terceirizada. “Os

canaviais da usina terão 60% de suas terras para expansão e 40% para

renovação. O plantio do fornecedor será 50% para aumento de área e 50% para renovação”, informa o gerente agrícola Luís Antonio Paiva. Aexpansão, na Cerradinho, tem a finalidade de suprir a nova unidade do Grupo, em Potirendaba, SP, que iniciará, na safra 2006/07, a

moagem de 450.000 a 500.000 toneladas de cana. Ausina de Catanduva já mói 2.740.000 toneladas. Aquantidade de matéria-prima não é a única preocupação da área agrícola da Cerradinho. Para aperfeiçoar a qualidade dos serviços, o planejamento inclui a ampliação do

plantio semi-mecanizado, que passará dos atuais 1.000 hectares para uma área de 1.500 a 2.000 hectares. Aredução de custos, a diminuição

de equipamentos transitando nos canaviais e a melhoria do rendimento

operacional são algumas vantagens desse sistema, de acordo com Luís

Paiva. ACerradinho pretende melhorar ainda mais a produtividade agrícola de 98 toneladas por hectare – obtida na safra 2004/05 -, prevendo, para este ano, uma produtividade entre 100 a 104

toneladas por hectare. Para isto, pretende intensificar a adoção de

diversas medidas nos canaviais, como incrementar a fertirrigação, por meio da aplicação de vinhaça. “Queremos otimizar a utilização desse subproduto, adequando o seu emprego ao volume de potássio exigido pela Cetesb”, esclarece o gerente agrícola. Confira matéria completa no JornalCana – Edição 133 – Tecnologia Agrícola.