O agrônomo Hugo Fernandes, representante de uma marca de sementes na região, aponta ainda uma outra vantagem para os produtores de Goiás e Tocantins. Segundo diz, o custo do frete para abastecimento dos grandes mercados internos é menor, porque as distâncias percorridas são menores. “Tanto é verdade que algumas empresas do Nordeste estão vindo para o Tocantins”, informa.
Ele afirma que o mercado interno é carente de produtos de qualidade porque o melhor da produção nordestina é destinado à exportação. “Tem gente que não gosta de melão porque nunca degustou uma fruta com um bom brix (teor de açúcar)”, diz. A produção de Goiás e do Tocantins, prevê, pode ajudar a aumentar o consumo interno pela qualidade apresentada. “O produto goiano foi apresentado na feira de Mossoró (realizada no início do mês) e foi muito bem avaliado”, comentou.
Outro aspecto vantajoso do cultivo em Goiás e no Tocantins é a época da produção. Hugo Fernandes explica que a janela de plantio nos dois estados é de abril a julho, com colheita de maio a agosto. Nesta época, praticamente não há produção no Nordeste (a safra nordestina é de agosto a março). Isso significa facilidade na comercialização e bom preço para o produto.