Apesar do volume acumulado moído desde o início da safra até o final de setembro no Centro-Sul de 444,54 milhões de toneladas, a moagem teve queda superior a 35% no comparativo com o volume processado na segunda quinzena de agosto (42,07 milhões de toneladas) com a segunda quinzena de setembro. A intensa retração na moagem de cana observada na segunda quinzena de setembro ocorreu, novamente, em função das chuvas que atingiram as principais áreas produtoras, segundo dados da Unica.
Na segunda quinzena de setembro o esmagamento de cana totalizou 27,16 milhões de toneladas, um recuo de 27,03% em relação ao valor observado nos primeiros quinze dias do mês (37,23 milhões de toneladas).
O indicador de precipitação pluviométrica de setembro ficou 59,27% superior à média histórica para o período. Essa condição climática impactou o aproveitamento de tempo das unidades produtoras e aumentou o número de dias de moagem perdidos: em média, as usinas registraram 6,78 dias perdidos em setembro contra apenas 2,92 dias perdidos em agosto deste ano.
Para o Diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, apesar de ter prejudicado a moagem, o maior volume de chuva nas últimas semanas de setembro não foi suficiente para interromper a queda que vinha sendo observada na produtividade do canavial. “Certamente não haverá tempo hábil para a recuperação da produtividade agrícola nesta safra e o volume de cana disponível para a moagem continuará abaixo do projetado no início do ano,” completou o executivo.