Mais uma semana de muita chuva na maior parte do Estado de São Paulo, causada pela ação de uma frente fria que atuou sobre o Sudeste do País durante todo o período. Em algumas regiões o total de precipitação da semana superou 150 milímetros, como ocorreu em Mococa e em Pariquera-Açu, e chegou a 209 milímetros em Ribeirão Preto. A temperatura manteve-se amena, com a máxima passando dos 30 graus apenas em Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Adamantina e Votuporanga, e mínima acima dos 18 graus no Estado. O volume de chuva registrado em Ribeirão Preto durante a semana representa mais de 70% do total esperado para todo o mês de dezembro – 298 milímetros, em média. A chuva prejudicou os canaviais reformados e em fase de rebrota, assim como as lavouras de milho, soja e amendoim da região ainda em fase de desenvolvimento vegetativo e que não cobriram totalmente a superfície do solo. Nessas áreas, o excedente hídrico acima de 150 milímetros favoreceu a erosão, causando grandes prejuízos aos produtores. As estradas rurais também sofreram com o excesso de chuvas e em Mococa os produtores vêm tendo dificuldade para o transporte da produção e para o tráfego na zona rural. Nas duas últimas semanas, o total de chuvas em Mococa já superou o volume esperado para este mês em 12%. A elevação da umidade do ar agrava os transtornos aos produtores rurais da região, pois o surgimento de doenças como a ferrugem do café é favorecido pelo tempo úmido e o solo encharcado não permite que os tratamentos fitossanitários sejam realizados adequadamente. EmPariquera-Açu a chuva distribuída ao longo de seis dias impossibilitou as atividades de colheita, capina e aplicações de fungicidas e herbicidas. O total de precipitação da semana é igual o volume esperado para todo o mês de dezembro. Houve elevação do armazenamento hídrico em Bebedouro, Pindorama e Votuporanga, mas os níveis de umidade ainda estão em torno de 50% da capacidade máxima de armazenamento. Apesar de baixa, essa faixa de umidade permite a retomada do crescimento das pastagens, e favorece os seringais e pomares de citros desses locais. Os menores volumes de chuva da semana foram registrados em Piracicaba e Tietê, onde as altas taxas de evapotranspiração baixaram os níveis de umidade para valores próximos de 50%, mas sem afetar os canaviais e lavouras de milho. Em Campinas, Valinhos, Atibaia e Mogi das Cruzes a umidade do solo está próxima da capacidade máxima de armazenamento e isso favorece o desenvolvimento das frutíferas, como as lavouras de figo prestes a entrar em período de safra, mas prejudica as hortaliças, que perdem qualidade. Nesses locais, os produtores devem ficar atentos para evitar a proliferação de doenças que poderiam depreciar a qualidade dos produtos e baixar o valor de comercialização.
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Chuva prejudica canaviais de Ribeirão Preto
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