Muita chuva e altas temperaturas marcaram o início de 2005 em São Paulo. A precipitação total registrada no período chegou a 129 milímetros em Campinas e Bebedouro e a 140 em Ribeirão Preto. A temperatura chegou a 36 graus em Adamantina. A ação de frentes frias e as chuvas de verão foram responsáveis pelos altos índices pluviométricos registrados no período. Em Ribeirão Preto, Campinas e Bebedouro, o total de chuvas dos primeiros nove dias de janeiro representa mais de 50% do total esperado para este mês.
A umidade elevada, associada às altas temperaturas, favoreceram a cana-de-açúcar em Piracicaba e Jaú, o milho em Ribeirão Preto, Assis e Presidente Prudente e as pastagens de Adamantina e Pindamonhangaba. Essas culturas foram beneficiadas porque são capazes de aumentar a produção de biomassa mesmo sob altas temperaturas, desde que não haja restrição hídrica. A elevação da umidade verificada nas últimas três semanas em Bebedouro, Pindorama e Votuporanga melhorou as condições de desenvolvimento e formação da produção nos pomares de laranja e limão.
PROBLEMAS
O excesso de chuva, porém, atrasou os trabalhos de campo e dificultou o escoamento da produção agrícola em boa parte do Estado. Em Campinas, Ribeirão Preto e Limeira, a chuva e o excedente hídrico danificaram as estradas rurais e impediram o tráfego de máquinas e implementos por causa do risco de compactação do solo.
Em Pariquera-Açu a colheita da banana foi prejudicada pelos vários dias com chuvas e as condições de temperatura e umidade favoreceram a proliferação de doenças fúngicas. Nas lavouras de tomate de Guaíra, Sumaré e Mogi-Guaçu os tratamentos fitossanitários foram intensificados para evitar o alastramento de doenças. Nas áreas de produção de hortaliças de praticamente todo o Estado houve queda na qualidade dos produtos por causa das chuvas intensas e do sol forte.
Nas lavouras que já iniciaram a fase de colheita, como o feijão em Capão Bonito, Itaberá e Itapeva, as chuvas prejudicaram os trabalhos de campo e a secagem do produto. A mesma dificuldade vem sendo sentida nas áreas de amendoim semeadas precocemente em Jaboticabal, Sertãozinho e Ribeirão Preto.