A semana foi marcada pela passagem de mais uma frente fria sobre o Estado de São Paulo, com chuvas em boa parte das localidades. O volume acumulado na semana chegou a 37 milímetros em Adamantina, e passou de 50 em Presidente Prudente e Pariquera-Açu. A temperatura variou bastante no Estado, com máxima acima 36 graus em Votuporanga, Pindorama e Adamantina, e mínima abaixo de 7 graus em Piracicaba e Tatuí.
Pela segunda semana seguida choveu em praticamente todo o Estado e o quadro de seca, instalado desde meados de junho, começou a mudar. Apesar de a chuva não ter sido suficiente para elevar a umidade em nível satisfatório para a germinação e desenvolvimento da maioria das culturas, a deficiência hídrica baixou e a umidade do ar aumentou.
Com isso, diminuiu o estresse pelo qual as pastagens, pomares de citros e lavouras tardias de trigo vinham sofrendo, amenizando os efeitos da temperatura elevada e melhorando as expectativas para essas culturas. A chuva também melhorou as condições para a germinação e o desenvolvimento inicial do feijão das águas em Capão Bonito, Itaberá e Itapeva.
As lavouras em colheita não chegaram a ser prejudicadas, já que as chuvas foram concentradas em poucos dias e boa parte das áreas de milho, sorgo e girassol já foi colhida. Nos canaviais de Piracicaba e Jaú, nos cafezais de Mococa, nas parreiras de Jales e nas lavouras de tomate e batata de Mogi-Guaçu, Sumaré e Piedade a chuva causou breve paralisação nos trabalhos de campo, sem maiores prejuízos.
FORTES CHUVAS
Em Presidente Prudente e Pariquera-Açu foi necessário paralisar os trabalhos de campo nas lavouras de mandioca e banana, por causa do excesso de água no solo e das fortes chuvas. No fim de semana, porém, as práticas foram retomadas. Os produtores de látex de Votuporanga e Pindorama já se preparam para iniciar a colheita nos seringais assim que ocorrerem chuvas suficientes para elevar a umidade nas camadas superficiais do solo. Começaram os preparativos para o início da safra de verão no Estado. No entanto, mesmo com as chuvas, a umidade do solo ainda é baixa na maior parte do Estado e o produtor deve aguardar que as reservas se elevem no mínimo a 50% para a semeadura. ?
* Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (trabalho desenvolvido com o Instituto agronômico – IAC. Para mais informações sobre clima e temperatura, acesse os sites www.agritempo.gov.br e http://ciiagro.iac.gov.br)