As usinas de açúcar e álcool do Paraná podem deixar nos canaviais do Estado cerca de 2,5 milhões de toneladas de cana. As usinas devem moer 28,5 milhões de toneladas de cana, de um total de 31 milhões de toneladas previstos para esta safra, a 2004/05.
“As chuvas do início da safra atrasaram a programação das usinas”, afirmou José Adriano Dias, diretor da Alcopar (Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná). Por conta do atraso, parte da moagem deverá ser transferida para novembro e dezembro. “O problema é que costuma chover nesse período, o que pode atrapalhar uma eventual prorrogação da moagem”, disse.
Na safra passada, as 27 usinas sucroalcooleiras do Estado também moeram 28,5 milhões de toneladas de cana. A expectativa é de que a produção de açúcar e álcool repita os números de 2003/04, informa a Alcopar. As empresas paranaenses produziram 1,87 milhão de toneladas de açúcar e 1,25 bilhão de litros de álcool. Segundo Dias, esses números podem ser superados caso o clima esteja seco entre novembro e dezembro.
As usinas do Estado fazem planos para dobrar a produção de álcool até 2008 de olho no mercado externo. As usinas do Paraná tradicionalmente priorizam as exportações de açúcar, uma vez que contam com logística ferroviária privilegiada próxima às usinas, ligando ao porto de Paranaguá. “O governo e as usinas estão fazendo parceria para expandir os canaviais em 150 mil hectares”, disse Dias.
Se confirmado o crescimento dos canaviais, será uma expansão de 40% sobre a área atual. “Com o aumento da área plantada, teríamos condições de produzir mais 1,1 milhão de litros de álcool, que seria todo destinado ao mercado internacional”, disse Dias. Na última safra, o Paraná exportou cerca de 150 milhões de litros de álcool.