A China anunciou a suspensão do plano de misturar 10% de etanol à gasolina, segundo agências de notícias e divulgação em sites de instituições como a Organização Internacional do Açúcar (ISO).
A adição de 10% de biocombustível ao combustível fóssil vendido no País entraria em vigor neste 2020.
Conforme informações divulgadas nesta quarta-feira (08/01), a suspensão se deve à escassez de milho, principal matéria-prima para a produção de etanol.
Essa escassez, conforme as divulgações, reflete a queda nos estoques do cereal.
Outro motivo da medida seria a capacidade local limitada de produção do biocombustível.
Conforme divulgado até o momento, não há previsão de a mistura de 10% (chamada E10) ser implantada.
Exportações
A decisão chinesa afeta grandes países produtores de etanol, como o Brasil, que poderia ampliar a produção do biocombustível para exportação.
Outro prejudicado diretamente são os Estados Unidos.
Segundo relatos, os produtores americanos exportaram cerca de 20% de seu etanol para a China em 2016, comércio que vale cerca de US $ 300 milhões naquele ano.
As remessas americanas, no entanto, caíram desde então.
Isso porque Pequim aumentou os direitos de importação de etanol em 2017 para 30%.
E depois adicionou tarifas de guerra comercial sobre cargas dos EUA duas vezes durante 2018, totalizando outros 40%.