A China poderá abrir seu mercado de açúcar para os países mais competitivos em troca de vantagens comerciais, sobretudo a de bens industriais, acreditam especialistas internacionais.
Segundo Daniel Rosen, professor do Instituto de Economia Internacional, de Washington, a China tem interesse de abrir seu mercado de açúcar, uma vez que há poucos e ineficientes produtores no país. A produção local está em torno de 8 milhões de toneladas para um consumo em torno de 10 milhões de toneladas por ano. Rosen participou na quarta-feira do Seminário “Agricultura da China”, promovido, em São Paulo, pela Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).
Rosen acredita que os chineses poderão aumentar seu consumo de açúcar, uma vez que ocorre uma mudança no perfil de consumo do país, com a migração dos agricultores para áreas urbanas e o crescimento da economia chinesa.
Os chineses também poderão aumentar o consumo de carnes e grãos. “Conforme cresce a demanda por carnes na China, muda o perfil para o uso dos grãos”, disse.
Renato Amorim, secretário-executivo do Conselho Empresarial Brasil-China, disse que o Brasil precisa ser mais agressivo nas negociações agrícolas com os chineses. Ele destacou que há forte interesse da China no etanol brasileiro e também em madeira.”
Para Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Câmara Setorial de Açúcar e Álcool, a China deve aumentar suas importações em decorrência do maior consumo.