“O maior problema para a importação do álcool de cana brasileiro é o frete entre os países. Se este problema for sanado, será um bom elemento para adicionar o combustível na frota de veículos local, que está crescendo a cada dia”. A opinião é de Paul Liu, presidente executivo do CBCDE – Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico.
“Qualquer produto do Brasil que vá até a China deve-se analisar custos, fretes, se isto for resolvido muitas negociações poderão ser viabilizadas”, afirma Liu.
A China produz apenas álcool de milho e de outros produtos, mas segundo Liu, têm custos extremamente elevados, inviabilizando a produção.
“A China tem problemas muito sérios de ordem ambiental, inclusive de poluição devido o aumento da frota de combustível. A questão da mistura de álcool a gasolina ainda não está completamente resolvida na China porque não produz álcool de cana e não existe álcool suficiente. Hoje, a cana é utilizada apenas para a produção de açúcar”, diz.
Ele lembra, que o aumento do petróleo incentiva a adoção de álcool a gasolina. “Estamos torcendo para os dois lados, que o petróleo não onere os custos e por outro lado, queremos que os valores compensem para a compra e transporte do álcool do Brasil”.
Segundo Liu, na China não existe área dosponível nem clima tão propício para plantio de cana, mas sem dúvida nenhuma o país tem interesse neste mercado.