A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cesteb) estima que a colheita da cana-de-açúcar na safra deste ano deve ser 65% mecanizada na região de Ribeirão Preto. Os números ainda são altos segundo a companhia, mas representam um avanço.
“A projeção que estávamos fazendo para esta safra, que já está no fim, é de que 65% da cana colhida não seja queimada. Ainda é um percentual muito grande, mas também é uma evolução”, diz o gerente regional da Cetesb, Marco Artuzo, que apresentou a projeção ao Ministério Público em audiência na semana passada.
Em 2010, Ribeirão teve 59% de sua safra colhida de forma mecânica. Foram 249.180 mil hectares colhidos com máquinas e 171.322 mil hectares queimados. Neste ano, a mecanização pode atingir quase 270 mil hectares.
De acordo com Marcos Artuzo, a melhora do índice também tem haver com a exigência de que as propriedades menores, com até 150 hectares, também reduzam a utilização do fogo ano a ano.
“Agora, é exigido dessas propriedades um avanço de 10% da mecanização”, diz.
Queima até 2017
O Protocolo Ambiental de 2007, determina que até 2017 haja o fim da queima da palha da cana-de-açúcar, independente do tamanho da propriedade. Em áreas onde já há mecanização parcial, a determinação é que a queima da palha da cana seja encerrada em 2014.
Em 2017 a queimada terá que ser encerrada em áreas não mecanizáveis, que possuem declividade superior a 12%, e em áreas menores que 150 hectares. Não havendo método disponível para mecanização da colheita nessas regiões até 2017, elas deverão deixar de ser utilizadas para o cultivo da cana-de-açúcar.
Fonte: Jornal A Cidade – Ribeirão Preto