A Cerona – Companhia de Energia Renovável – acaba de anunciar a escolha da ENGEVIX como gestora de todo o processo de instalação de suas duas unidades industriais no Estado de Mato Grosso do Sul, nos municípios de Nova Andradina e Batayporã. Trata-se do primeiro contrato EPCM (Engineering, Procurement, Construction and Management) do setor de etanol e energias renováveis no Brasil.
Nesse modelo de transação a empresa contratada assume todas as responsabilidades pela obra: da execução do projeto de engenharia, passando pela compra de materiais e equipamentos, construção, ao gerenciamento de todas as fases.
Segundo Klaus Behrens, CEO da Cerona, “após um extenso processo de “due diligence”, avaliando as melhores práticas e empresas do setor, optamos pela ENGEVIX. A empresa de engenharia é líder neste setor no Brasil e irá gerir a primeira fase do projeto, cujo investimento total ultrapassa R$ 1,5 bilhão”.
Behrens acrescenta que a história de sucesso da ENGEVIX, com mais de 2 bilhões de dólares em projetos já executados na modalidade EPC, é outro diferencial da empresa, que já opera em diversos setores, como o petrolífero, siderúrgico, mineração, papel e celulose, geração de energia, infra-estrutura e bioenergia.
“A parceria com a Cerona nos oferece a perspectiva de realizar novos e importantes marcos no tradicional mercado sucroalcooleiro, cujo crescimento será cada vez mais impulsionado por tecnologias ‘state-of-the-art’ vindas de setores como energia e exploração, nos quais somos líderes em gerenciamentos de projetos EPC”, afirma Gerson de Mello Almada, Vice-Presidente da ENGEVIX.
As usinas e a tecnologia
As duas usinas de açúcar e etanol terão uma capacidade de moagem de 10 milhões de toneladas de cana e foram projetadas para se tornarem uma das maiores produtoras de energia renovável no país, com vendas de energia elétrica de mais de 1 milhão de kWh por ano, geradas a partir do bagaço e palha de cana e de eucalipto.
A produção está programada para começar em 2010 e a empresa terá capacidade de vender 70% da sua produção de energia, uma vez que novas tecnologias permitirão um menor consumo durante a produção de etanol/açúcar.
Entre as novas tecnologias podem ser destacadas: caldeiras de alta pressão com mais de 90 bars, em comparação com o padrão de 21 a 42 bars normalmente utilizados no setor; turbinas de condensação, tecnologia normalmente utilizada em outros setores; processo de cristalização contínua na fabricação do açúcar; e geração continua de energia elétrica durante todo o ano utilizando bagaço e palha de cana e eucalipto na entressafra.
Para Behrens, as tecnologias ‘state-of-the-art’, totalmente comprovadas isoladamente ou em outros setores, como o de papel e celulose, petroquímico e hidroelétrico, “representam conceitos novos e inovadores no tradicional setor sucroalcooleiro que até agora nunca considerou a venda de energia elétrica como uma atividade central de seus negócios”.
“A Cerona também está avaliando algumas aplicações inovadoras baseadas na biomassa e economicamente viáveis apenas no Brasil, tais como a gaseificação BIG-GT, utilização de etanol como matéria-prima para produção de plásticos (acetato de etilo e polietileno) e de etanol como matéria-prima para butanol”, finaliza. As informações são da assessoria de imprensa da Cerona.