Embarques de açúcar e de carnes de boi e de frango representaram em 2004 quase metade das vendas externas do Brasil aos países da Liga Árabe e compensaram em parte as compras brasileiras de petróleo, segundo dados do comércio entre os dois lados.
A Liga Árabe, formada por 21 países, comprou 4 bilhões de dólares em produtos brasileiros no ano passado e exportou 4,1 bilhões ao país, acumulando um superávit de 100 milhões de dólares.
As exportações brasileiras de açúcar bruto e refinado aos árabes em 2004 somaram 1,02 bilhão de dólares. As vendas de carne bovina e de frango acrescentaram outros 851 milhões de dólares às exportações.
Em 2004 o Brasil ainda registrou vendas de um produto pouco tradicional no seu comércio externo, o trigo. Devido a uma safra ampla em 2003/2004, o país embarcou 112 milhões de dólares em trigo para países da Liga Árabe, principalmente para o Marrocos, que é grande importador do cereal.
Outra commodity, o minério de ferro, rendeu 256 milhões de dólares em exportações.
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As importações brasileiras dos árabes foram basicamente de petróleo e derivados (diesel e nafta).
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, o Brasil quer aumentar em três anos para 15 bilhões de dólares a corrente de comércio anual com os países árabes. Atualmente, o fluxo comercial é de 8 bilhões de dólares.
Para Furlan, essa meta pode ser alcançada sem grande esforço.
“Basta dedicação e mobilização de setores empresariais de ambos os lados”, disse ele, na abertura de fórum que antecede a Cúpula América do Sul-Países Árabes, que será aberta na terça-feira, em Brasília.
