A Cargill do Brasil pode exportar até 600 milhões de litros de álcool no ano-safra 2006/07, volume 20% maior que o embarcado pela empresa no período anterior, informou Luiz Pretti, diretor de finanças da multinacional americana.
Ao lado da Copersucar, a empresa é uma das maiores exportadoras de álcool do Brasil. Na safra passada, quando o País exportou 1,94 bilhões de litros, a Cargill teve participação de cerca de 26% nos embarques.
Para a safra 2006/07, sua participação deve aumentar para até 31%, caso o Brasil exporte 1,9 bilhão de litros, previsão feita pela União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica). Mas, para Pretti, a exportação brasileira não chegará a tanto. “Acredito que o País embarcará entre 1,5 bilhão e 1,8 bilhão”.
O executivo disse que a Cargill do Brasil segue a política da matriz e faz o hedge, seja cambial, seja de commodities, de “quase 100%” de sua operação no Brasil. “Fazemos todo o hedge cambial diretamente na Bolsa de Mercadorias & Futuros. Já o de commodities, a maior parte dele, cerca de 95%, é feito nas bolsas de Nova York e Chicago, e o restante no Brasil”, afirmou Pretti, que participou do seminário Hedge para Exportadores e Importadores, promovido pela BM&F e Fiesp, em São Paulo. “Não mantemos posições especulativas de qualquer natureza”.
Em relação ao interesse da Cargill de investir em moagem de cana, Pretti disse apenas que “a empresa está interessada em setores rentáveis”. No ano passado, a Cargill chegou a anunciar a compra da Usina Corona (SP), mas desistiu do negócio, que foi fechado com a Cosan.