A safra 2020/21 poderá atingir algo próximo de 600 milhões de toneladas segundo a Canaplan. A consultoria apresentou suas perspectivas, ontem, em live, realizada com participação de Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Caio Carvalho), presidente da Canaplan e dos consultores Ciro Mendes Silva e Nilceu Piffer Cardozo, e apontou três cenários para a temporada em curso.
Em cenário em que as políticas públicas tardam e os feitos da COVID-19 são máximos, a moagem será mais concentrada no final do ano, chegando a 594,4 milhões de toneladas, com produtividade de 77 toneladas por hectare e 81 kg de ATR/ton. O mix deverá ser alcooleiro, com 56% da matéria-prima voltada para a produção do biocombustível, com 26,67 bilhões de litros e 44% para açúcar com produção de 33,94 milhões de toneladas.
“Os três cenários trazem uma variação relativamente pequena. A estratégia de cada unidade vai ser muito importante e diferente, seja no investimento, seja no mercado, ou no ritmo de safra que torna, claro, muito mais difícil a variação”, explicou o consultor.
De acordo com Carvalho, é preciso dar uma solução rápida aos problemas, diante de cenários tão complexos, ressaltando que cada semana perdida é 2% do que se produz. “A recuperação deverá ser irregular, com idas e vindas. Estamos à beira do precipício e precisamos de fato é rezar bastante”, concluiu.