Mercado

Cana traz indústrias agregadas

A expectativa de crescimento da produção nas usinas de cana-de-açúcar faz aumentar também o interesse de indústrias que se utilizam dos subprodutos da planta em se instalar na região. Até meados de 2006, duas novas fábricas estarão prontas em Campos.

Uma delas é a Policam Campos Biotecnologia que produz goma xantana, resultante de um processo biotecnológico cuja matéria-prima é o açúcar, muito utilizada no mercado petrolífero, de cosméticos, de farmácia e alimentício. A previsão é de que ela comece a funcionar em junho do próximo ano. De acordo com o diretor administrativo-financeiro da Policam, José Antônio Trafane, a fábrica será a primeira da América Latina a produzir esse tipo de produto:

— Nosso produto é estratégico, porque é utilizado em vários segmentos industriais e será voltado para o mercado nacional.

O funcionamento da fábrica deve gerar 150 empregos diretos e indiretos. A mão-de-obra utilizada será captada na região, principalmente nas universidades. Para 2006, serão fabricadas mil toneladas de goma xantana.

— Isso porque começaremos a trabalhar no meio do ano. A previsão é de produzir duas mil toneladas por ano, ampliando para até seis mil toneladas — diz Trafane.

Outra indústria agregada que chega ao município é a HC Sucroquímica, que utiliza como matéria-prima o sumo da cana-de-açúcar para a produção de butanol e acetona. A fábrica deve ficar pronta também em junho gerando 215 empregos.

De acordo com Lucas Vieira, presidente do Fundecam, que subsidiou os dois investimentos, a chegada das indústrias agregadas na região representa a diversificação da economia:

— Não queremos depender só de um setor. Quando o ciclo do petróleo acabar, essas empresas continuarão a suprir o mercado.

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