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Cana transgênica poderá ser comercializada em dois anos

As pesquisas no desenvolvimento da cana-de-açúcar geneticamente modificada estão avançadas no Brasil, garantiu o pesquisador Isaias de Carvalho Macedo, pesquisador da Universidade de Campinas (Unicamp). Macedo, que participou da IV Conferência Internacional de Açúcar e Álcool da Datagro, no dia 19 de outubro, disse que a venda comercial da matéria-prima será possível nos próximos dois anos.

Segundo ele, há no país cerca de 20 laboratórios que estão trabalhando nas canas transgênicas. Até o momento, o setor participou de forma passiva neste processo, incentivando pesquisas nesta área.

Macedo disse que as pesquisas se concentram nas canas resistentes a herbicidas e em matérias-primas precoces, que poderiam antecipar o ciclo de moagem das safras futuras.

As pesquisas neste campo, informou Macedo, começaram em 1997. “Os pesquisadores demoram pelo menos 10 anos para colocarem uma nova variedade de cana no mercado”, ressaltou. Macedo atuou por quase 20 anos como gerente industrial no Centro Tecnológico da Copersucar (CTC), hoje rebatizado de Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), depois da reestruturação feita pela Copersucar.

Segundo o pesquisador, os pesquisadores trabalham dentro das normas do CTNbio e a comercialização das variedades transgênicas dependerão da aprovação da lei de biossegurança no país, que hoje está nas mãos do Congresso Nacional.