Segundo estimativas da Unica, a matéria prima terá uma menor concentração de açúcares durante a primeira metade da nova safra, seguida por uma provável recuperação na segunda metade devido à colheita da planta em idade fisiológica adequada. A entidade afirmou que no final da safra passada, parte do canavial foi colhido com menos de 12 meses de desenvolvimento, o que comprometeu a maturação.
Outro fator apontado que provocará a redução de açúcares, é o aumento da mecanização da colheita. “Porque a colheita com máquinas eleva a quantidade de impurezas vegetais trazidas à indústria, prejudicando a eficiência industrial”, explica a entidade.
Em contrapartida, a colheita deverá se concentrar nos meses em que o ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) é mais elevado, já que o volume de cana disponível para o início e término de safra deverá ser menor que da safra anterior, o que eleva o ATR médio da safra. A Unica afirma ainda que a menor quantidade de cana bisada nesta safra também contribui para o aumento do teor de sacarose na cana.
ATR menor
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Levando em consideração a soma dos fatores, a Unica conclui que a quantidade de ATR por tonelada de cana-de-açúcar deverá cair 0,29% em comparação com a safra passada, chegando a 140,80 kg por tonelada, contra 141,21 kg por tonelada de cana da safra 2010/2011.
Clima
Com sinais de enfraquecimento, as previsões meteorológicas disponíveis indicam que o fenômeno La Niña persistirá nessa safra, mas a chuva ao longo do ciclo deverá permanecer próxima da média histórica.
