A cada ano, apesar do governo ter imposto regras, a busca dos estrangeiros por terras para investir na canavicultura é uma realidade no Brasil. Durante a Conferência Sugar & Ethanol 2011, promovido pela F.O.Lichts, o assunto foi discutido e concluiu-se que nas regiões onde concentram-se os centros produtores e com logística e comercialização integradas, o valor da terra tem disparado. Nesses locais a valorização média na última década tem sido de 300% anualmente.
Mas o avanço da cultura canavieira em direção as florestas é uma questão que preocupa os investidores internacionais. Jacqueline Dettmann Bierhals, analista da Agra FNP, descartou de vez essa possibilidade quando explicou que os principais centros produtores e consumidores estão muito longe da região Amazônica. “O avanço da cana não dependerá apenas da disponibilidade de terra, mas da quantidade de restrições ao seu uso, como o próprio Zoneamento Agroecológico da Cana que impede que determinadas regiões seja utilizadas para o uso dessa cultura”, reforça.
São Paulo, o maior Estado produtor da cana, registrou entre 2000 e 2009, um avanço de 74% da cana sobre áreas de pastagem, 24% sobre outras áreas de uso agrícola, 1% sobre florestas e 1% sobre as plantações de citrus.
Um dos motivos apontados pela especialista pelo interesse da terra nacional é o preço atrativo em relação ao valor mundial.