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Cana foi implantada com a criação das Capitanias Hereditárias

Após o descobrimento em 1.500, o Brasil foi dividido em Capitanias Hereditárias em 1534 e, dai por diante, a expansão da cana de açúcar ocorreu de modo crescente, enquanto todas as capitanias consolidavam suas implantações através da formação de canaviais e formações de engenhos.

Todos os historiadores concordam que foi na Capitania de Pernambuco, pertencente a Duarte Coelho, onde se implantou e floresceu o primeiro centro açucareiro do Brasil, motivado pela habilidade e eficiência do donatário, a terra e clima favorável à cultura da cana, e a situação geográfica de localização mais próxima da Europa em relação à região de São Vicente (São Paulo), outro centro que se destacou como iniciador de produção de açúcar do Brasil Colonial.

Nesta época, a fundação da cidade da Bahia em 1549, assinalou o inicio da expansão açucareira no Brasil. O Governo Geral estabeleceu a paz entre os índios e a ocupação do solo nos recôncavos desta Capitania respondeu de modo produtivo a tríplice providencia adotada pelo rei de Portugal para encorajar e orientar o aumento da produção açucareira: Isentou por 10 anos de todas as taxas o açúcar exportado, enobreceu o proprietário do engenho numa elite agrícola do “senhor do engenho” e estabeleceu para os plantadores de cana que ainda não tinham moenda própria a regalia de as beneficiarem num lugar coletivo mediante uma cooperação tão equilibrada que em pouco tempo muitos lavradores pobres se tornaram donos de fabricas.

Foram medidas eficazes. O progresso da industria açucareira foi espantoso no fim do século XVI. Na Bahia, onde os indígenas haviam destruído os primeiros engenhos, a produção de açúcar começou após 1550. A Ilha de Itamaracá em 1565 já produzia açúcar. Alagoas teve seu primeiro engenho por volta de 1575. Em Sergipe, os portugueses procedentes da Bahia, iniciaram a produção da cana de açúcar a partir de 1590. Na Paraíba, a primeira tentativa da introdução da cultura da cana foi em 1579, na Ilha da Restinga, fracassada pela invasão de piratas franceses na região. A implantação definitiva da cultura da cana na Paraíba surgiu com seu primeiro engenho em 1587.

A fabricação de açúcar e Ceara não chegou a ter relevo, começou em 1622, mas logo passou a fabricar aguardente. No Piauí a lavoura de cana vem de 1678. Em 1692, já havia um engenho em atividade no Rio Grande do Norte. A região nordestina, representada principalmente por Pernambuco, Bahia, Alagoas e Paraíba, simbolizava o luxo. Reinava a riqueza porque a monocultura da agroindústria açucareira pagava todos os custos e cobria todas as necessidades da Capitania.

Leia na edição de janeiro do JornalCana Nordeste reportagens sobre a história do setor no Nordeste e os investimentos que estão fazendo as usinas e destilarias nordestinas, e ainda qual política de atuação das entidades representativas.