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Cana de particular já ‘circula’ mais

A nova sistemática de entrega de cana-de-açúcar de fornecedores particulares, em vigor a partir da safra atual, exige movimentação maior de caminhões. Até no ano passado, a maioria desses produtores tinha a planta colhida e entregue em meados de agosto, quando o acúmulo de ATR (que mede a qualidade) era mais concentrado. A operação seguia essa ordem porque quanto mais ATR, mais o fornecedor recebia por tonelada.

Com a reformulação do Consecana (sistema que regulamenta a cadeia de valores da cana-de-açúcar no estado de São Paulo), a partir deste ano o produtor particular também passou a ter de entregar sua produção ao longo da safra, sem concentrar o fornecimento em determinado período. É o chamado ATR relativo.

Apenas entre os produtores associados da cooperativa Canaoeste, de Sertãozinho, essa movimentação extra de veículos abrangerá boa parte das 8,8 milhões de toneladas que, até 2005, costumava em sua maioria ser entregue entre agosto e setembro. Esse volume costuma ser operado por veículos das usinas compradoras da cana.