Muitos produtores canavieiros têm equipes técnicas e agrônomos em constante vigília para analisar o solo e protegê-lo. Desta forma, eles garantem uma boa produtividade e o solo fica protegido. A afirmação é de Napoleão Esberard de Macedo Beltrão, diretor do Centro de Pesquisa do Algodão (CNPA/EMBRAPA), durante palestra promovida pela Superintendência Federal de Agricultura, nesta quinta-feira (14), na Paraíba.
Com essa conclusão, o diretor do CNPA, diz que a cana realmente, presa pela proteção do solo na Paraíba.
O evento, que fez parte das celebrações do Dia Nacional da Conservação do Solo comemorado no dia 15 de abril, teve a participação de diversas entidades ligadas ao agronegócio, entre elas, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (ASPLAN-PB), representada por Washington Luiz, do departamento técnico da entidade.
Para Napoleão Esberard, a grande maioria dos produtores rurais comete verdadeiros crimes contra a natureza e degradam o solo, principalmente, por falta de preparo e conhecimento. “O uso da grade aradora, por exemplo, é a forma de preparo que mais degrada o solo. A utilização desse equipamento é feita de forma inadequada e causa a compactação do solo. Muitos produtores não têm conhecimento das conseqüências e acabam abandonando a área de plantio deixando o solo esgotado”, explica o especialista.
Consequências
Segundo o professor, entre as conseqüências da degradação e manejo inadequado do solo, estão a perda da produtividade, o esgotamento de mananciais, assoreamento de rios, desmoronamento de barrancos, entre outros fatores.
De acordo com dados da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), a Paraíba possui 56.7312 km² de área, sendo que 71,9% já está suscetível a desertificação em graus variados.
No final do evento, o representante da Asplan convidou o especialista para que a palestra sobre conservação do solo seja proferida para todos os associados da entidade.