O anúncio da auto-suficiência na produção de petróleo é motivo de orgulho para nós, brasileiros. Vale lembrar que esta busca pelo petróleo foi uma determinação de Estado, que fez da Petrobras uma das principais empresas petrolíferas do mundo. Agora, a partir da auto-suficiência, seu papel é investir também no esforço tecnológico para introduzir na matriz energética as chamadas energias renováveis.

Nesse campo, o Brasil é privilegiado. Tem água farta, uma costa com ventos perenes e sol o ano inteiro para realização da fotossíntese, ou até mesmo para uso direto do calor na produção de energia solar. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que contempla a produção do biodiesel para combustíveis, o que irá gerar emprego e renda nas regiões carentes e diminuirá gradativamente a nossa dependência pelos derivados de petróleo.

Além disso, o governo federal tem mostrado seu compromisso com as energias renováveis. Para isso criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que estimula a implantação da energia eólica, da biomassa e das pequenas centrais hidrelétricas. Durante o 1º Seminário Internacional de Energias Renováveis, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, reafirmou esse compromisso e destacou o potencial brasileiro nesta área. Os benefícios de uma política de energia de fontes renováveis são relevantes, geram empregos em larga escala, distribuem renda e contribuem para a redução da emissão de gases na atmosfera.

Muito embora a produção de energia de fontes limpas seja ainda mais cara que as energias de origem fóssil , ela tem duas grandes vantagens: por ser renovável, é infinita e, por ser limpa, protege o meio ambiente. É o caminho do futuro.