Um pedido de revisão tributária na produção de biodiesel será encaminhado ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, pela Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel. Segundo o presidente da Câmara, Carlos Lovatelli, o governo federal deve adotar a isonomia fiscal para viabilizar o plantio de oleaginosas em áreas maiores. Os representantes do setor esperam que os benefícios fiscais, concedidos aos agricultores familiares, sejam estendidos a todos os produtores para que o Brasil possa atender o crescimento da demanda interna e externa por esse biocombustível.
O setor está também preocupado com a política fiscal adotada pela Argentina que poderá provocar prejuízos ao Brasil e ao Mercosul. De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o país vizinho instituiu recentemente uma alíquota de “retenção” de 5% sobre as exportações de biodiesel, enquanto a taxa sobre os embarques de óleo de soja é de 24%. Para o presidente da Câmara de Biodiesel, seria importante que o Itamaraty realizasse gestões junto ao governo argentino para demonstrar que essa medida pode gerar desequilíbrios no mercado.