“As palavras do senhor ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, em artigo nesta quarta-feira na seção “Tendências/ Debates” (“Ciência e tecnologia para o desenvolvimento), são pertinentes e devem ser integralmente apoiadas. Não haverá desenvolvimento científico e tecnológico se não absorvermos os nossos doutores nas indústrias. As políticas de incentivo para que o setor produtivo absorva esses profissionais extremamente qualificados estão caminhando ainda a passos lentos -talvez inconsistentes com as exigências tecnológicas e ambientais que já se fazem presentes. Mas, para que não se cometam erros do passado em relação a vários subsídios governamentais a fundo perdido (basta lembrar os do Proálcool, que completa 30 anos agora), devem-se estabelecer contrapartidas bem definidas. Uma delas poderia ser a obrigatoriedade da contratação de doutores por empresas que queiram beneficiar-se das isenções de impostos com investimentos em tecnologia. Outra contrapartida seria criar uma classificação, um selo de responsabilidade social em ciência, tecnologia e inovação. Para que as empresas obtenham tal selo, seriam exigidos porcentuais de doutores contratados e investimentos nesses setores.”
Adilson Roberto Gonçalves, departamento de biotecnologia da Faculdade de Engenharia Química de Lorena (Lorena, SP)