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Business Intelligence auxilia setor sucroalcooleiro

O desempenho da área agrícola é fundamental para o sucesso do negócio sucroalcooleiro, por isso é necessário um controle das informações relevantes para o bom andamento do negócio. Hoje, os sistemas informatizados fornecem um grande volume de dados, mas que nem sempre são úteis ou confiáveis, ou simplesmente demoram muito para serem disponibilizados, dificultando a tomada de decisão. Por meio de soluções de “Business Intelligence” (BI) é possível organizá-los de forma prática.

O BI entrou em evidência como um complemento útil às implementações dos ERPs, como ficaram conhecidos os chamados sistemas integrados de gestão. “Os ERPs foram concebidos para automatizar um conjunto de processos de negócio, registrando as transações, tais como um apontamento de produção ou um lançamento contábil, em um banco de dados único. Mas a capacidade de registrar grandes volumes de dados de maneira eficiente se faz, paradoxalmente, em detrimento da facilidade de se disponibilizar estes dados para a consulta”, explica George Necyk, diretor da Moore Stephens Consultores.

De acordo com Necyk, o problema é ainda mais grave em empresas que trabalham com mais de um sistema, um para a área agrícola e outro para o setor financeiro e administrativo, o que não é incomum. “Os dados não se cruzam, pois há vários bancos de dados com os quais trabalhar. Não é de se admirar o esforço comumente despendido para se obter, por exemplo, o custo das operações agrícolas por tonelada colhida, com o detalhe e as variações que se podem requerer, já que mais de um sistema normalmente está envolvido na obtenção destas informações”, afirma.

O BI ajuda a tornar mais objetiva esta busca pela melhoria, aproveitando o grande volume de informações que já existe dentro da empresa. Ele cria rotinas automáticas para buscar as informações relevantes em diferentes bases de dados e reorganizá-las de modo que o acesso às mesmas seja facilitado, além de prover ferramentas de consulta para os usuários visualizarem e manipularem diretamente estas informações.

A tecnologia para isso está consolidada no mercado e já há exemplos de sucesso no setor canavieiro. “Considerando que haja sistemas de gestão em funcionamento cobrindo as áreas de interesse na empresa, a implementação do BI pode se dar em um espaço relativamente curto de tempo. Se a iniciativa for subdividida em fases, os resultados podem ser disponibilizados gradativamente, antecipando os benefícios da análise”, diz Necyk.

Há várias soluções de mercado disponíveis para implementar um BI, mas o primordial é que a iniciativa esteja ancorada em uma visão bem articulada sobre como medir o desempenho da área agrícola, com metas e responsabilidades claras de todos os envolvidos. “Com isso, fica mais fácil identificar quais são as informações relevantes para a gestão e em que sistemas buscá-las”, ressalta.