Mercado

Bush não trará o principal: a liberalização do etanol

Nos bastidores, no entanto, entendidos no assunto etanol – que preferem não se identificar para não serem chamados de urubus- colocam as barbas de molho, acreditando que o alarde que está sendo feito por ocasião da passagem do presidente americano pelo País não tem o menor sentido. Afinal, a pauta da visita – e do provável acordo a ser assinado com o presidente Lula – inclui muita coisa interessante, mas exclui o essencial: a liberalização do comércio de etanol nas Américas.

O etanol brasileiro que conseguiu chegar ao consumidor americano, segundo uma outra fonte do setor de produção de etanol, seguiu dois caminhos. Ou foi vendido muito barato, em fase de preços baixos no Brasil e de prejuízo dos produtores, viabilizando conseguir pagar a tarifa protecionista de US$ 0,54 por galão.

Ou deu um passeio pelo Caribe, para se aproveitar do acordo CBI – Iniciativa da Bacia do Caribe -, assinado com os EUA para promover o desenvolvimento da região por meio da liberalização comercial.

NA FRENTE

ETANOL 2

Mário Marconini, secretário do Ministério do Desenvolvimento no governo FHC e hoje presidente-executivo do Conselho de Relações Internacionais da Fecomércio – SP, é outro que reclama. O comércio bilateral deve estar sim na pauta do presidente americano no Brasil e não apenas a cooperação tecnológica, como previsto, pois aí somos nós que mais temos a ceder.