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Burocracia pode emperrar a liberação dos recursos do Plano Agrícola

Alívio e cautela. É assim que se pode resumir o contraditório sentimento dos produtores rurais quanto ao anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 (PAP) em Ribeirão Preto. No dia 17 de junho, a presidente Dilma Rousseff lançou o plano, cujo principal mérito é injetar R$ 107 milhões na produção agropecuária, valor 7% superior ao que foi disponibilizado para a última safra. Já em relação ao setor sucroalcooleiro, o governo anunciou linha de crédito de R$ 1 milhão por safra, destinada à renovação e ampliação dos canaviais, e prazo de cinco anos para pagar.

O primeiro sentimento foi de alívio porque os agricultores, de um modo geral, exigiam do governo uma atitude mais firme quanto à expansão da atividade rural.

O sentimento de incerteza está presente entre os plantadores de cana independentes (beneficiados com os recursos), que ainda perguntam: “Como será feita a liberação do dinheiro”? Eles temem a lenta e pesada burocracia do agente financeiro. A partir da última safra, todos os produtores terão limite único de crédito de R$ 650 mil, com taxas de juros a 6,75% ao ano. Até então, o crédito máximo para o setor de cana-de-açúcar era de R$ 250 mil.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, espera que a medida seja um incentivo “no uso de tecnologias para obtenção de maior produtividade”. Segundo ele, o princípio é “reduzir a volatilidade dos preços”. Já o ministro Wagner Rossi acredita na possibilidade de o produtor renovar ou ampliar a área agrícola com “sustentabilidade”, embora o setor já venha desenvolvendo programas com esse foco muito antes do advento do PAP.

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