O consumo de bebidas alcoólicas por brasileiros cresceu 150%, de acordo com estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Este crescimento coloca o Brasil na lista dos 25 países que mais aumentaram o uso de bebidas alcoólicas, nos últimos 40 anos. Atento a estes números, o governo brasileiro irá promover entre os dias 28 e 30 de novembro de 2005, em Brasília, a I Conferência Pan-Americana de Políticas Públicas sobre o Álcool. O evento será coordenado pela Secretaria Nacional Anti Drogas (SENAD) e a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS). Durante três dias, especialistas de quinze países estarão reunidos para discutir e trocar experiências sobre políticas públicas para combater o uso indevido do álcool e os problemas regionais relacionados ao consumo abusivo da droga lícita mais usada nas Américas.
A abertura oficial da conferência será na segunda-feira (28), com a participação do ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e presidente do Conselho Nacional Antidrogas, Jorge Armando Felix, do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, do ministro da Saúde, José Saraiva Felipe, do secretário nacional antidrogas, Paulo Roberto Uchôa, e de representantes da Organização Pan-Americana da Saúde. Um dos pontos altos do evento é a apresentação de um estudo inédito, produzido pela SENAD sobre o padrão de consumo de álcool na população brasileira que irá abranger também estudo específico entre as populações jovens, mulheres e índios no Brasil.
Entre os temas a serem discutidos no evento estão: os jovens e o marketing do álcool na América Latina, a relação álcool e violência, álcool e trânsito, os custos ao sistema público de saúde, entre outros.
As mesas redondas terão a participação das maiores autoridades no assunto de todo o continente americano. Representantes do governo e especialistas na área, como Thomas Babor, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Connecticut (EUA), e Jürgen Rehm, do Centro para Dependência e Saúde Mental, do Canadá, participarão de palestras e grupos de trabalho sobre a elaboração e implementação de políticas eficazes sobre o álcool.